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UFSM terá, a partir de agosto, redução de postos de vigilância

Foto: Pedro Piegas (Diário)
Essa não é a primeira vez que a universidade se vê forçada, por restrições orçamentárias, a promover cortes em contratos com terceirizados

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) colocará em prática, a partir de 1º de agosto, uma medida de contenção de gastos: a revisão contratual com a empresa que presta os serviços de vigilância no campus principal e demais campi. Conforme a pró-reitoria de Administração, a racionalização se dá com o objetivo "de fazer a universidade ir o mais longe possível" frente às restrições orçamentárias. Na prática, isso quer dizer que a instituição sairá dos atuais 73 postos de vigilância para 55. Ou seja, uma redução de 18 postos que, basicamente, se converterão em, ao menos, 36 demissões. Essa projeção leva em conta que cada posto, de 12 horas cada, conta com dois funcionários.  

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O pró-reitor José Carlos Segalla explica que, desde o começo deste ano, já observando a possibilidade de um ano turbulento na área econômica, forçaria a instituição a tomar medidas austeras. Neste período, a pró-reitoria chegou a projetar um corte maior de postos - que poderia ser de 28 -, mas, aí, se chegou ao entendimento de que se ficaria em 18. A empresa SulClean Segurança que presta há quatro anos esses serviços à universidade já foi comunicada da redução dos postos e, agora, cabe a ela realizar o comunicado (dar o aviso prévio) e, posterior, desligamento desses colaboradores. Uma vez que a UFSM é apenas a contratante dos serviços. 

A redução desses postos de vigilância representará em uma economia de R$ 190 mil mês e, em um ano, de mais de R$ 2,2 milhões. Atualmente, a UFSM paga R$ 775 mil mensais por 73 postos e, agora, ao ficar com 55 o custo cairá para R$ 585 mil. A pró-reitoria de Administração esclarece que tampouco o campus principal quanto os demais campi ficarão sem vigilância. Porém, se valerá de uma nova sistemática, como explica Segalla:

- A vigilância seguirá acontecendo, mas é bom que se diga que, por exemplo, se dará um enfoque maior às vigilâncias móvel e monitorada. Ou seja, uma determinada guarita que, até então, cuidava de dois prédios, passará, agora, a tomar conta de quatro. E claro que a central de monitoramento terá papel de ainda maior importância. Caberá a ela em verificando algo, comunicar a vigilância móvel que irá até o local. É uma nova sistemática frente à crise e que precisou ser colocada em prática.

Essa, contudo, não é a primeira vez que a UFSM se vê forçada a promover ajustes em contratos com terceirizados. Em maio de 2017, a instituição diminuiu o número de postos de vigilância. À época, foram 54 funcionários que receberam aviso prévio da empresa. No mesmo ano, em novembro, foram reduzidos mais de 130 postos de trabalho nas funções de portaria, vigilância, limpeza. A coluna buscou a empresa que não retornou às ligações da reportagem para comentar o caso.

O reitor Paulo Burmann há havia adiantado à coluna que, sem recursos, a UFSM pode interromper mais de 60% dos contratos com terceirizados.

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